
Desculpa, já nem sei se depois de tudo que passamos você ainda conseguirá acreditar em mim, mas você nem imagina o quanto eu tenho pra te falar.
Desculpa, você não sabe o quanto eu ainda me importo contigo, o quanto ainda me sinto responsável pelo jeito que você se sente, o quanto você ainda mexe comigo e que talvez baste apenas um sorriso e algumas palavras para me fazer voltar. Talvez você até já saiba disso tudo, mas também já esteja cansada demais de toda essa instância minha, sua, nossa.
Desculpa, mas queria te dizer mais uma coisa: sinto falta do tempo em que não éramos “Eu e Você”, mas sim duas pessoas no único pronome “Nós”. Não importava a circunstância, sempre senti que estávamos unidos como se fossemos um único ser. Singular por estar no plural.
Desculpa, se bem que eu nem sei se isso é minha culpa, mas o tempo passou. Muita coisa mudou tanto em você, quanto em mim e em nós. Talvez tenhamos esquecido como ser um só, ou ainda gostamos de quem apenas fomos e não nos acostumamos com quem somos.
Desculpa, acho que sou um idiota, mas queria que soubesse que nunca menti para você. Talvez estivesse enganando a mim mesmo, ou eu realmente sentia tudo aquilo e eu só não saiba mais como viver isso, mas a você eu nunca disse uma mentira.
Desculpa, mas às vezes temos de tomar atitudes que não queremos, porém sentimos que é necessário, o certo, por mais difícil que seja.
Desculpa, mas acabou. O meu desejo continua sendo o mesmo desde o início: que você seja feliz, a pessoa mais feliz do mundo. Só temo que eu não seja mais capaz de te proporcionar isso.
Desculpa, mas ao menos agora você sabe que eu me importo o suficiente para te escrever.
Se cuida.